domingo, 25 de agosto de 2019

Minha Caixa


Este não é exatamente um livro de amor, nem de romances, apesar de conter os dois.
Eu escrevi ao longo dos anos, e a medida que escrevia, não relia, o que torna este momento uma surpreendente redescoberta da mulher que fui e hoje sou,
Quero ser fiel aos originais, respeitando nome de pessoas envolvidas, que podem estar incluídas.
Eu poderia pensar que esse tipo de escrita e leitura é retrógrada e desnecessária, mas vejo mulheres ainda hoje, vivendo o que vivi, sem coragem de tomar decisões, sofrendo sem precisar, temendo a coragem. 
A ideia não é simplesmente transportar sentimentos em letras cursivas para uma escrita digital, mas a partir de uma experiência ingenua, triste, doentia, mostrar que é possível se salvar. 
Já estou longe deste calvário há tempos, para ter a certeza que os demônios do medo, desespero, carência, ausência de amor próprio se foram para sempre extirpados.
Talvez em algumas narrativas, escreva uma nota. Não vou conseguir me segurar.
O que importa é que abrir a caixa de pandora pode dar pavor, ver todas aqueles bichos que nos aterrorizantes bem na nossa frente, gritando, urrando, apontando suas garras, dentes e unhas... Mas eu te garanto, eles só vão embora se você abrir a caixa e deixar com que vão embora. 
Com meu leitor sinto que caminhamos juntos, nos tornamos cúmplices. E essa é uma viagem profunda que algumas vezes teremos que dar as mãos, mergulhar juntas, mas logo, logo, respirar.
Vamos iniciar essa jornada, que não é uma obra de ficção.